É plenamente possível começar a estudar para o concurso de Perito sem precisar investir em materiais.
Pois atualmente temos uma ampla gama de materiais gratuitos online.
Mas antes de mais nada é importante diferenciar os materiais gratuitos dos materiais piratas.
Material gratuito vs. material pirata
Os materiais gratuitos (e lícitos) são aqueles disponibilizados gratuitamente por sites ou cursos, de uso livre.
Já os materiais piratas são materiais protegidos por licença comercial, disponibilizados de forma ilícita por outros meios.
Ou seja, é o caso dos rateios de concursos, drives compartilhados e até materiais de sites como Passei Direito, que não têm o direito de comercialização ou distribuição desses conteúdos.
E por que é importante saber dessa diferença?
Porque utilizar materiais piratas, mesmo que não sejam pagos, pode te levar à eliminação do concurso de Perito Criminal.
Mesmo que não haja processos civis ou penais no seu nome, os tribunais têm mantido decisões que eliminam os candidatos a servidores públicos na fase de investigação social e vida pregressa.
Assim, saiba que, ao consumir esse tipo de material, você está correndo o risco de ser eliminado do concurso e, ainda, de responder criminalmente ou civilmente pelos seus atos.
Tendo esclarecido isso, podemos entrar nos materiais gratuitos – que são lícitos e não trarão nenhuma consequência negativa pra você, apenas bons resultados!
Por que usar material gratuito para concurso
Uma das grandes vantagens de usar materiais gratuitos, além da economia financeira, é que você amadurece seu perfil de concurseiro sem precisar de grandes investimentos.
E, com o amadurecimento, você passa a fazer melhores escolhas de material.
Ou seja, quando finalmente resolver comprar um material, saberá exatamente que tipo de material mais te agrada, quais os melhores professores, e cursos com melhores custo-benefício.
E essa visão só é desenvolvida com muita pesquisa e com o tempo de estudos.
Então tire o máximo dos materiais gratuitos agora, e deixe para investir apenas quando for necessário.
Agora vamos indicar algumas fontes de bons materiais, separando-os em materiais para a parte geral do concurso (comum a outros certames), e materiais para específicas de Perito (só caem para Perito Criminal).
Matérias de conhecimentos gerais
Começaremos indicando fontes para matérias de conhecimentos gerais, ou seja, aquelas que caem para todas as áreas de Perito.
Direito Net
Inclui vários resumos e até questões gratuitas sobre temas jurídicos.
Mais um site com conteúdo predominantemente jurídico, mas que também inclui aulas gratuitas de matérias básicas, como Português, Informática e Raciocínio Lógico.
O YouTube é um dos portais com maior quantidade de conteúdo gratuito para concursos, tanto das matérias gerais, quanto das matérias específicas de Perito.
E aqui a dica é fazer pesquisas pelo nome do tópico e da disciplina.
Nem sempre você encontrará aulas específicas para o concurso de Perito, mas vale aproveitar de outras áreas também, inclusive aulas pra vestibular.
Por fim, também recomendamos acompanhar canais de cursos preparatórios, que frequentemente fazem eventos ao vivo de muita qualidade (Reta Final, Aulões, etc.).
Sites de cursinhos
Em sites de cursos preparatórios você encontrará:
Acesso gratuito à primeira aula de cada curso/disciplina (são os materiais demonstração)
Artigos de professores que são resumos das matérias
Há uma ampla disponibilidade de aplicativos gratuitos de estudo para concursos.
A dica aqui é buscar por “concurso” na Play Store ou App Store, e testar os que mais te agradarem.
Vale ter, por exemplo, aplicativos com legislação (lei seca) para revisar nos intervalos.
Matérias específicas de Perito Criminal
E agora vamos entrar nos materiais específicos para concurso de Perito, ou seja, direcionados principalmente para a parte específica dos editais.
Canais de professores
Além do YouTube que já indicamos acima, é válido acompanhar canais de professores em outras redes sociais como Telegram e Instagram.
Vários professores liberam materiais e aulas gratuitas nesses locais, mas você precisa estar acompanhando pra tirar proveito.
Sem contar que é uma excelente oportunidade para conhecer melhor o trabalho desses professores e, futuramente, investir no material pago dos melhores que encontrar.
Para citar alguns:
Professor Diego Souza (Química)
Professor Rodrigo Montes (Criminalística e Criminologia)
Professor Laécio Carneiro (Criminalística e Medicina Legal)
Professora Pollyana Lyra (Farmácia)
Professor Rafael Tímbola (Ambiental)
Professora Lilian / Mundo Pericial (Farmácia)
Bioforense cursos (Biologia e Biomedicina)
Revistas APCF
Essas são revistas produzidas pelos Peritos Criminais Federais, vendidas como assinatura física mas disponibilizadas gratuitamente no formato digital.
Assim, são uma excelente fonte de conteúdo para as matérias específicas, em especial para a prova discursiva, já que você poderá ampliar bastante seu repertório forense por meio delas.
Como assim? Não acabei de dizer que ia te ensinar a conciliar faculdade e concursos?
Sim, exatamente. Ainda irei.
E a primeira coisa que você precisa saber é que não estudará para os dois ao mesmo tempo.
Na realidade, cada atividade deve ter seu próprio horário – mesmo que você tenha matérias em comum entre faculdade e concurso.
Vai por mim… misturar os dois não vai dar bons resultados!
Não só vai atrapalhar seu planejamento, como as matérias são cobradas de forma diferente no concurso, então nem sempre você aproveita tão bem o conteúdo.
E isso nos leva à segunda dica que é justamente…
Separe horário para cada atividade
E eu não estou falado aqui só de cronograma de estudos.
Estou falando da sua vida inteira!
Sempre que faço uma livesobre gerenciamento do tempo e afins, vejo que existe um denominador em comum entre as pessoas da aula:
Elas não têm controle nenhum sobre a sua rotina.
E pergunto inclusive pra você agora (responda sinceramente):
Você tem todos os horários e atividades do seu dia no papel?
Você sabe qual é a hora de acordar, de comer, de descansar, de estudar pra faculdade, de estudar pro concurso?
Se você não tem isso muito claro, você terá problemas rapidamente.
Quem concilia atividades tão dispendiosas como essas não pode se dar ao luxo de não organizar sua rotina.
Você não pode deixar pra fazer algo “quando dá” ou “quando está motivado”.
Então faça um favor a si mesmo:
Baixe agora o nosso E-book de organização de estudos (que tem, inclusive, um módulo sobre organização da vida pessoal) e coloque sua rotina no papel.
Se você não tem rotina, é hora de criar uma.
E falando sobre rotina, outro aspecto importante não é só o que fica nela, mas também o que irá sair.
O que sai da sua rotina?
Ok, você resolveu começar a estudar pra concursos enquanto cursa a graduação.
Mas você pode não ter se dado conta de que as suas 24 horas do dia continuam as mesmas.
Percebeu?
Sua disponibilidade de tempo não aumentou, mas suas responsabilidades sim.
E um grande erro de quem surta porque não consegue conciliar essas atividades é achar que elas vão coexistir na sua rotina magicamente.
Sem precisar alterar nada… simplesmente a sua vontade de estudar pra concursos vai ser suficiente pra que as coisas funcionem bem!
Pois então, isso é uma ilusão.
Além do aspecto crucial da organização que falei acima, a maioria das pessoas também vai precisar refletir o que sai da rotina pra abrir espaço pro concurso (já que a faculdade não pode sair… imagino eu!).
Alguns exemplos:
Será que realmente agora é a hora de aprender a falar mandarim?
Será que as tardes à toa vendo Netflix são o melhor uso do seu final de semana agora?
Será que o tempo que você passa em redes sociais não poderia ser aproveitado melhor de outras maneiras?
Acredite em mim, 99% das pessoas têm tempo, sim.
Mas ou esse tempo está sendo mal gerenciado, ou mal empregado, ou ambos.
Então sua tarefa é identificar o que é realmente essencial na sua rotina hoje.
O que não é prioridade deve sair.
Não deixe nada para a última hora
Junto com as suas habilidades de administração do tempo, você também precisa acostumar a desenvolver as habilidades de planejamento.
E planejamento significa se preparar com antecedência para algo.
Pegou a dica?
Se não pegou, explico.
Planejamento, pra você, será não deixar nada para a última hora.
Não estudar para as provas da faculdade nas vésperas.
E mais importante ainda, não achar que vai se dar bem no concurso pegando firme só quando o edital sair.
Adapte sempre que necessário
Digamos que você se organizou, se planejou, e está mantendo uma rotina bacana que inclua o estudo pra faculdade, o estudo pra concursos, e suas atividades essenciais de manutenção da vida e da saúde.
Excelente!
Mas aí sai um edital e você fica desesperado porque o tempo pra estudos é pouco.
Ou entra em fim de semestre e você precisa tirar nota da faculdade.
E aí, como mantém a rotina bacana?
Não mantém.
Pois outra habilidade que você precisará desenvolver ao conciliar faculdade concursos é a de adaptação.
Nem sempre vai dar pra levar os dois de forma equilibrada.
Em alguns momentos, o concurso vai chamar mais.
Em outros, a faculdade será prioridade.
Eu mesma abandonei totalmente o concurso na época do meu TCC e das últimas provas da faculdade.
Não que o concurso não fosse prioridade, mas a faculdade, naquele momento, era mais!
Mas veja que foi um desequilíbrio temporário.
Assim que entreguei meu TCC, o concurso voltou para a minha rotina.
Então saiba que em algumas épocas, determinadas atividades exigirão mais de você.
E está tudo bem passar por períodos de desequilíbrio, desde que seja consciente, e que você se planeje para retomar o equilíbrio da rotina depois.
Mas saiba que pra manter essa rotina por um médio a longo prazo, você precisará aprender a manter sua energia alta.
Cuide da sua energia para conciliar faculdade e concurso
Essa dica aqui não vale só pra quem faz faculdade e presta concursos.
Vale pra qualquer pessoa, em qualquer situação.
Mas é uma dica ainda mais relevante quando você tem uma rotina puxada, como deve ser o seu caso.
E cuidar da sua energia significa:
Prezar pela qualidade do seu sono, não só quantidade (ficar com o celular na cama é uma péssima ideia, por exemplo)
Reservar períodos de descanso de qualidade (ou seja, sair pra dar uma volta no parque em vez de ficar no sofá vendo Netflix)
Manter exercícios físicos (não precisa ir no crossfit todo dia, mas quem sabe não consegue ir pra faculdade de bicicleta em vez de carro?)
Respeitar intervalos de estudo (não adianta querer estudar horas a fio e nunca parar, ou usar seus intervalos para redes sociais)
Cuidar da sua alimentação (se recompensar com uma pizza pelo dia de estudos pode ser legal pra criar o hábito, mas será péssimo pra sua saúde)
Buscar relações saudáveis (talvez não seja o melhor momento pra estar naquele grupo de concurseiros ansiosos que passam o dia todo especulando e surtando)
Mais do que qualquer pessoa, você vai precisar desses cuidados com o seu corpo e com a sua mente.
Sem recarregar suas energias de forma apropriada, seu corpo não vai aguentar o tranco por muito tempo.
Stephen Covey, no livro Primeiro o Mais Importante, chama isso de afinar o instrumento.
“A expressão “afinar o instrumento” é uma metáfora para a energia que investimos em aumentar nossa capacidade pessoal nas quatro áreas fundamentais – física, social, mental e espiritual. Passamos tanto tempo ocupados em “tocar o instrumento” (produzindo resultados) que nos esquecemos de “afiná-lo” (manter ou aumentar nossa capacidade de produzir resultados no futuro”.
E aí, você está afinando seu instrumento com frequência pra conseguir conciliar tudo o que você quer fazer?
Foque no que pode ser feito
Por fim, não posso deixar de te lembrar de focar no que pode ser feito.
Mesmo que você se esforce, imprevistos acontecerão.
Sua rotina vai precisar mudar de vez em quando.
Mas saiba que daqui a alguns anos você agradecerá pelo esforço de ter estudado agora – mesmo que pouco, mesmo que menos do que você gostaria.
E lembre que você pode prestar concurso pra Perito ainda na faculdade.
Quem acompanha nossos conteúdos sabe que indicamos a fonte única como método principal de estudos.
Ao passo que não recomendamos a produção de resumos.
E principalmente por não conhecerem o objetivo e o conceito da fonte única, muitos concurseiros se confundem e acham que o resumo seria um tipo de fonte única.
Neste artigo, vamos esclarecer o que é a fonte única, para que serve e, principalmente, as suas diferenças para um resumo.
Mas já te adiantamos uma coisa:
Fonte única não é a mesma coisa que resumo!
O que é a fonte única?
Fonte única é o material construído ou lapidado no momento do estudo primário.
Para ser considerada uma fonte única, o material deve preencher os requisitos CDE.
Completa
Didática
Escrita
Ela deve ser completa, ou seja, deve conter todas as informações que você precisa sobre o assunto, e não apenas fragmentos da matéria.
A fonte única também deve ser didática, ou seja, deve facilitar a sua aprendizagem.
E isso inclui conter explicações, recursos adicionais de aprendizagem (ex.: mnemônicos) e ser organizada (visualmente limpa, bem ordenada).
Além disso, a fonte única deve ser escrita.
Então não podemos considerar que uma videoaula, por exemplo, é uma fonte única.
Agora que esclarecemos o que é a fonte única, vamos destrinchar as diferenças entre ela e os resumos.
Conteúdo do material
Resumos não preenchem o primeiro requisito da fonte única: ser completa.
Enquanto a fonte única é a matéria inteira, o objetivo de um bom resumo é ser um material enxuto.
Assim, enquanto os resumos contêm apenas fragmentos da matéria (ex.: apenas palavras-chave), a fonte única contém a integralidade da matéria.
Isso faz com que a fonte única seja uma fonte de consulta perene. Já que você pode recorrer a ela novamente sempre que tiver dúvidas sobre o assunto.
Já o resumo nunca terá todas as informações necessárias para o entendimento da matéria.
Se você fez um resumo completo, então você não resumiu nada.
E seu material provavelmente está mais próximo do conceito da fonte única do que de um resumo.
Didática do material
Outro requisito que os resumos normalmente não preenchem é o da didática.
Pegue um PDF de cursinho ou um livro, por exemplo.
Normalmente estão organizados em capítulos, seções e subseções.
Contém explicações, esquemas, imagens.
E as informações estão dispostas de forma ordenada e fácil de encontrar.
Ou seja, podemos considerar esses materiais como tipos de fonte única, por esse requisito.
Um resumo, por outro lado, não terá esse nível de ordem.
Pois normalmente o concurseiro apenas anota alguma palavra-chave que remeta a partes da matéria, mas sem nenhum tipo de hierarquia (índice, seções, etc.).
Outro ponto em que os resumos perdem didática é a (des)organização que eles agregam com o tempo.
Pois conforme o concurseiro avança nos estudos e resolve questões de concurso, ele vai incluindo cada vez mais informações no resumo
Que, por sua vez, vai ficando visualmente desordenado e dificultando a apreensão do seu conteúdo.
E, assim, o resumo perde seu próposito original: que era de ser enxuto e objetivo.
E vai ficando cada vez maior, mas ainda incompleto – e bagunçado!
Objetivos diferentes
Como já adiantamos acima, os dois materiais também possuem propósitos diferentes.
O propósito da fonte única é ser um material o mais completo possível. De forma que você consiga acesso fácil a explicações sempre que precisar.
Já o propósito do resumo é que ele seja um material o mais enxuto possível. De forma que você consiga acesso rápido a pontos muito específicos da matéria.
Assim, enquanto a fonte única é elaborada no estudo primário e será utilizada ao longo das revisões seguintes, o resumo se torna, basicamente, apenas um material de revisão pontual.
Momento da construção
Mais uma diferença está no momento da construção desses dois materiais, e aqui está um ponto em que muitos concurseiros erram de forma grave.
O mais comum que vemos é a prática de elaborar resumos no momento do estudo primário, enquanto você tem o primário contato com a matéria.
Na realidade, o ideal seria que você usasse o estudo primário como momento para elaborar sua fonte única, objetivando um material mais completo, e não mais incompleto, como é o caso dos resumos.
Então 95% do conteúdo da fonte única é organizado por você no momento do estudo primário.
Os 5% restantes são provenientes das informações complementares apreendidas ao longo das revisões com novas fontes e resolução de questões.
Já o resumo, se feito corretamente, será elaborado não no estudo primário, e sim após várias baterias de questões e revisões.
Se o objetivo deste material é ser um recurso pontual e enxuto de revisões, então você só terá condições de elaborá-lo após realmente entender o que é mais importante do assunto e adquirir a habilidade de consolidar essas informações em poucas palavras.
Assim, se executadas da maneira correta, entendemos que fonte única e resumos têm momentos opostos de elaboração.
Qual utilizar: fonte única ou resumo?
Tendo esclarecido qual a diferença entre os dois, provavelmente resta a dúvida: qual utilizar?
E a verdade é que você não precisa escolher um ou outro.
Conforme explicamos, são recursos com objetivos diferentes, e momentos diferentes de construção.
Assim, podem ser usados em associação, porém em etapas distintas do estudo.
Mas ao passo que a fonte única é obrigatória para todas as matérias (será seu material base), o resumo é um recurso pontual que pode ou não ser utilizado, dependendo da sua necessidade.
É muito concorrido? E quanto tempo se leva até passar?
Nesse artigo vamos chegar a essas respostas!
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O concurso de Perito é difícil?
Uma das perguntas que mais recebemos de quem chega às nossas redes sociais é a seguinte:
O concurso de Perito é difícil? Tenho chances se começar agora?
Então o artigo de hoje tem como objetivo esclarecer qual o nível de dificuldade desse concurso, e dúvidas comuns como tempo até ser aprovado, e chances de ser aprovado.
Por que o concurso de Perito é difícil
O concurso de Perito Criminal é um dos mais difíceis e concorridos que existem atualmente.
Não é possível ser aprovado sem estudar, por exemplo.
A seguir veremos as razões para tal, mas já te peço para que leia racionalmente e não desanime.
É importante saber as dificuldades que você enfrentará justamente para que você consiga se preparar para elas.
Então leia até o final do artigo, pois também deixarei algumas dicas para superar essas dificuldades.
Concurso público é difícil, de modo geral
Na realidade, todo concurso com boas oportunidades tem sido concorrido.
Afinal, estamos vivendo em um contexto de crise já há vários anos, e não é como se estivesse sobrando emprego bom, certo?!
Assim, o concurso de Perito é difícil, primeiramente, pelo simples fato de ser concurso.
Ou seja, um emprego que te dá estabilidade, boa remuneração e mais uma série de benefícios.
Então a primeira coisa que você precisa saber é que o concurso é difícil, sim, e você não vai passar sem se esforçar.
Como qualquer outro concurso público, as vagas não são para entusiastas – como poderia ser há dez, quinze anos atrás.
Se você quer se diferenciar dos demais candidatos em um concurso público, terá que se dedicar proporcionalmente.
Competitividade pela carreira
Além disso, um fator que leva a uma concorrência maior e mais qualificada nos concursos de Perito é que muitas vezes essa é uma das melhores oportunidades de atuação para os principais cursos aceitos.
Tanto em relação a área de atuação, que agrada muita gente pelos seus desafios, quanto em relação à remuneração, que costuma ser muito maior do que as outras áreas de atuação das carreiras.
Por exemplo, um biomédico (minha área de formação) dificilmente chegará a ganhar mais que 5 mil reais na principal área da Biomedicina, Análises Clínicas, enquanto um biomédico na Perícia pode chegar a ganhar salários iniciais de mais de 20 mil reais na Polícia Federal, por exemplo.
Ou seja, existe todo um apelo pela atuação do Perito (quem não quer ser CSI?) e um apelo ainda maior pelas remunerações, que passam dos 15 mil reais em alguns Estados (embora não seja a realidade no Brasil inteiro).
Há dez anos, as pessoas mal sabiam que era possível ser Perito por meio de concurso.
Quase todo mundo via CSI, mas foi só recentemente que a profissão – e os meios de ingresso se popularizaram nas redes sociais.
Hoje encontramos centenas de peritos e instituições em redes sociais divulgando o trabalho na perícia.
Inclusive, nosso Instagram é o maior canal de informações sobre o concurso para Perito do Brasil.
E a própria popularização dos meios digitais tornou mais fácil saber quando/onde abre concurso, de qualquer lugar do Brasil.
Assim, cada vez mais pessoas se encantam pela área – e começam a estudar para o concurso!
Poucas vagas e muitos candidatos
Pelos fatores que explicamos acima, você já deve imaginar que há muitos interessados na Perícia Criminal.
E isso não seria tanto um problema, não fosse pela escassez cada vez maior de vagas para Peritos nos concursos.
No concurso do IGP-RS que prestei em 2017, por exemplo, foram 1.300 candidatos por vaga da minha área (eram 2 vagas de ampla concorrência).
Existem concursos com uma vaga por área, ou até mesmo para cadastro reserva (sem vagas oficiais) – e eles não são a exceção!
Conforme os anos passam, a concorrência então fica cada vez maior e mais qualificada, já que vários concurseiros seguem se especializando e prestando vários concursos enquanto não passam.
Editais complexos com várias etapas
Outro fator que dificulta o ingresso na carreira é a complexidade do concurso, que normalmente conta com várias etapas eliminatórias:
Prova objetiva e discursiva
Teste de aptidão física
Avaliação psicológica
Exames de saúde, etc.
Então não basta ter uma boa pontuação na prova objetiva.
Você precisará também ter bom desempenho nas demais fases!
Por fim, a própria pontuação na primeira etapa já costuma ser uma barreira para a maior parte das pessoas.
Isso porque temos normalmente pouco tempo de preparação entre publicação do edital e prova, e conteúdo programático extenso para todas as áreas.
Normalmente um edital para Perito tem cerca de 10 a 15 matérias que caem na prova objetiva, e já tivemos editais com apenas 45 dias de preparação até a prova.
Ou seja, é muita coisa pra estudar em pouco tempo.
Quanto tempo leva para ser aprovado no concurso de Perito?
Você já deve ter percebido que ser aprovado no concurso de Perito não é tarefa fácil.
Sendo bem honesta, a maior parte das pessoas reprova várias vezes até ser aprovada – isso é o NORMAL, e você não deve desanimar se passar por uma reprovação.
Não que não seja possível ser aprovado no primeiro concurso, mas é difícil.
E o que te aconselhamos é não focar nas exceções, e sim na regra (reprovação!), pois isso te dará mais resiliência para passar por essa jornada.
Assim, é impossível dizer quanto tempo se leva para ser aprovado.
Algumas pessoas vêm de um histórico bom de estudos, pegavam firme no ensino médio, na faculdade, e conseguem excelentes resultados no primeiro concurso.
Outras precisarão de mais tempo para chegarem até à aprovação, e podem levar de meses a anos até chegar nesse resultado.
Eu passei três vezes nas primeiras colocações com dois anos e meio de estudos.
Então é preciso entender que cada um terá sua trajetória e seu próprio tempo.
Quanto tempo leva pra ser aprovado? Eu não sei. Mas só depende de você!
Tenho chances de ser aprovado começando agora?
Veja bem:
Todos que são aprovados hoje começaram em algum momento.
Ou seja, só não tem chances de ser aprovado quem não começa.
Eu não consigo dizer nem calcular quais são suas chances de passar agora ou em qualquer outro concurso.
O que eu sei é que, quanto e melhor você estudar, maiores suas chances ficam.
Você não pode controlar suas chances de aprovação.
Mas você pode controlar o quanto se dedica para tal.
Como ser aprovado no concurso de Perito Criminal
Dito isto, quero deixar algumas dicas com base em tudo o que falei no artigo, pra que você aumente suas chances de sucesso nos concursos da perícia.
Não foque na exceção
Todo mundo quer ser o alecrim dourado que passou com três meses de estudo no concurso pra Perito – mas nem 1% das pessoas consegue ser.
Então foque na regra, e não na exceção.
Não deixe para estudar só após a publicação do edital.
O tempo de preparação é um fator bem importante nas suas chances de sucesso nos concursos.
Então não espere algum do seu interesse sair para começar a estudar.
Comece o quanto antes, logo após ler esse artigo!
Desenvolva boas técnicas e estratégias de estudo.
A maioria dos concurseiros pensa apenas em estudar mais, e mais rápido, mas isso acaba levando a resultados ruins no médio prazo, pois você negligencia a qualidade dos seus estudos.
Então foque em estudar melhor, com técnicas que realmente funcionam e, se possível, com o auxílio de mentores experientes
Isso vai te economizar muito tempo de estudos e te fazer correr na frente da concorrência.
Portanto, uma boa escolha vai mirar em escolha dos professores, e não em escolha do cursinho.
Da mesma maneira, uma aula mais básica pode ser boa para quem está iniciando, mas ruim para quem já sabe o básico.
Então veja que, só por esses fatores, é impossível julgar “o melhor”.
Pois ele simplesmente não existe!
O melhor terá que ser avaliado caso a caso, disciplina por disciplina.
Por isso é impossível fazer uma recomendação pra todos que nos procuram.
Simplesmente não conhecemos as necessidades de cada um, para cada disciplina do edital.
Até na mentoria, ensinamos os alunos a escolherem seu próprio material, em vez de simplesmente fazer uma recomendação “geral” que pode não atender a todos.
Lembre-se disso:
A melhor escolha sempre será a que você faz por conta própria, analisando suas necessidades.
E agora que já esclarecemos isso, vamos descobrir juntos:
Como sei que um professor ou curso é bom?
E como avalio minhas necessidades?
Como sei que um professor ou curso é bom?
A qualidade de um curso vai depender, dentre outros fatores:
Da qualidade do material do professor
Da experiência do professor com o seu cargo
Do tipo de material oferecido (videoaula, PDF, ambos, etc.)
Do cronograma de liberação das aulas
Veremos um a um!
Qualidade do material do professor
Um dos primeiros pontos a avaliar na sua pesquisa de cursos preparatórios é a qualidade do material do professor.
Na prática, você avaliará a qualidade de cursos diferentes, de professores diferentes, para uma mesma disciplina.
Para isso, basta fazer buscas na Internet (Google) e redes sociais usando as palavras-chave: “CURSO + NOME DA DISCIPLINA”.
Normalmente, os resultados das duas primeiras páginas já incluem os cursos mais relevantes e de maior prestígio no mercado.
Todo curso que se preze incluirá nas divulgações alguma aula ou material demonstrativo daquela disciplina.
Esse material é ouro e você deve analisá-lo com calma!
Mesmo sem conhecimento nenhum da disciplina, é possível consumir os materiais de demonstração e comparar qual deles estrutura melhor as aulas.
Caso não encontre esses materiais na página do curso, busque por aulas no YouTube ou redes sociais diretamente pelo nome do professor.
Friso: sua pesquisa será voltada à análise de cada professor, independentemente da vinculação a preparatórios.
O que, no fim, te permitirá escolher professores de cursos diferentes.
Então você não ficará preso a um combo de professores que não escolheu (como é o caso dos combos ou assinaturas de cursos).
Experiência do professor com o cargo
Um fator muito relevante para escolha do material é a experiência que o professor tem com a sua carreira.
Muitas vezes, materiais de diferentes carreiras e editais são reaproveitados.
Ou seja, o professor usa o mesmo material para o mesmo tópico – sendo ele do edital de Papiloscopista ou de Juiz.
Então é muito relevante que esse professor tenha experiência com o cargo.
Pois assim é bem possível que o material seja mais voltado ao estilo de cobrança na carreira.
Para avaliar esse fator, você deve pesquisar o currículo e redes sociais do professor.
Preste atenção em pontos como:
Materiais gratuitos disponibilizados pelo professor – se são direcionadas à sua carreira ou não
Cargo atual – se ele assumiu ou exerce o cargo que você almeja
Experiência em concursos – aprovações e resultados em concursos da sua área
No caso das carreiras policiais e da perícia, um professor com experiência nelas certamente estará compartilhando conteúdo específico para esse tipo de concurso.
Tipo de material oferecido
Na nossa metodologia, nós sempre indicamos que os alunos montem sua fonte única durante o estudo teórico.
E para montar a fonte única, seu material original precisa ser completo e escrito.
Nesse caso, o ideal é que o curso escolhido forneça um material completo em PDF, e não apenas videoaulas.
Estudar apenas por videoaulas é mais lento e dificulta a confecção da fonte única.
Cronograma de liberação das aulas
Esse aspecto é importantíssimo principalmente no estudo em pós-edital.
Pois alguns cursos não têm um repertório de aulas muito grande ainda, e no caso de tópicos novos, os professores precisarão gravar aulas novas.
Ou seja, isso acaba atrasando a liberação das aulas.
Então é essencial avaliar o cronograma de liberação delas.
Veja se a programação é compatível com o seu planejamento de estudos antes de bater o martelo.
Esses são os principais fatores do curso a serem avaliados.
Com essa pesquisa inicial, você já terá filtrado uma parte das ofertas disponíveis.
Agora vamos aprender a avaliar as suas necessidades!
E como avalio minhas necessidades?
Avaliar suas necessidades significa olhar para a sua situação como concurseiro e definir quais características do curso são importantes para atendê-lo.
Cada estudante terá necessidades, dificuldades e facilidades específicos.
Ou seja, um mesmo professor pode preencher todos os requisitos acima, mas ainda assim não te servir.
Então agora vamos entender: como um curso serve para você.
E esses são os principais pontos a se avaliar nessa etapa:
Da sua afinidade com o professor
Da sua afinidade com cada tipo de mídia
Do seu nível de estudos
Afinidade com o professor
Não adianta comprar um curso de um professor com ampla experiência no seu cargo, se você não gosta de como ele dá aula.
Alguns professores são mais calmos, outros mais acelerados.
Outros professores falam palavrão durante as aulas.
No fim, cada aluno vai se identificar mais ou menos com cada professor.
E esse fator você pode avaliar junto com a qualidade do material.
Ao ver os materiais de demonstração, avalie se você se identifica com a didática do professor.
Se possível, acompanhe-o nas redes sociais por algum tempo, para entender melhor a proposta dele.
Um dos primeiros requisitos para a memorização é justamente a abertura ao aprendizado.
E fica difícil fazer isso quando você não está à vontade com o professor.
Afinidade com cada tipo de mídia
Já dissemos que é altamente recomendado que seu curso inclua PDFs, mas outros tipos de mídia também podem ser usados.
Alguns concurseiros, por exemplo, estudam em transporte e podem dar preferência a cursos que forneçam o MP3 das aulas.
Alguns fazem questão das videoaulas, outros não.
Assim, o tipo de mídia oferecido pelo curso também é um fator a ser avaliado, pois a mídia errada pode atrasar seus estudos depois.
Nível de estudos
Por fim, seu nível de estudos na matéria é um fator muitíssimo relevante para escolha do material.
De forma ideal, alunos iniciantes devem optar por materiais mais simples e básicos.
Pois ninguém aprende a nadar se jogando em uma piscina olímpica!
Seu nível de estudos deve ser respeitado.
Por outro lado, alunos avançados devem optar por materiais mais aprofundados.
Este último caso é mais difícil de conseguir em cursos preparatórios, mas ainda assim deve ser avaliado.
Existem, por exemplo, alguns cursos no formato mentoria, justamente com a proposta de aprofundar ou aperfeiçoar os estudos em uma matéria.
Se você não sabe o básico, nem cogite entrar em um curso desses.
E agora, o que fazer com essas informações?
É bem possível que, ao passar por todas as análises, a escolha seja naturalmente feita.
Você seguirá o processo para cada uma das disciplinas do seu edital.
E todos os fatores são importantes, mas alguns deles consideramos obrigatórios:
Material de qualidade
Disponibilidade de material em PDF
Compatibilidade do material com seu nível de estudos
Pois a ausência de qualquer um deles provavelmente vai diminuir muito seu rendimento nos estudos.
Seguindo os passos desse artigo, você já terá se desenvolvido um pouco mais como estudante.
Um concurseiro de alto nível é aquele que olha para as suas necessidades e faz escolhas com base nelas, em vez de buscar dicas fáceis que levam a decisões ruins.
Escolher um curso preparatório adequado é o primeiro passo para ser líder dos seus estudos.
E dependendo se você está se preparando para perito geral ou especialista, o conjunto de matérias a serem estudadas muda!
Vamos ver os dois tipos com mais detalhes.
Concurso para Perito Geral
Nesse tipo de concurso, todos os cursos (graduações) concorrem juntos às mesmas vagas.
Então não importa se você é Engenheiro, Farmacêutico ou Biólogo:
Todos farão a mesma prova!
E essa prova, por englobar várias áreas, possui apenas matérias mais gerais, algumas comuns até a vestibular, que não são muito específicas de nenhuma área.
Concurso para Perito Especialista
Já nesse tipo de concurso, cada conjunto de áreas irá concorrer a uma parte das vagas.
Por exemplo, podemos ter Químicos e Engenheiros Químicos na “Área 8”, e Biológicos e Biomédicos na “Área 11”.
Cada edital fará sua própria divisão de áreas, então nem sempre Área 8 será dos Químicos.
E o que é importante aqui é que, além das matérias gerais, essa prova normalmente conterá matérias específicas de cada área.
Assim, cada área faz uma prova diferente, muito mais voltada para os conhecimentos das graduações englobadas.
Então aqui pode cair Físico-Química, Química Analítica e Química Inorgânica pra nossa Área 8 fictícia acima!
Cada edital, tanto para perito geral quanto para especialista, terá seu próprio conteúdo programático.
Ou seja, nenhuma prova é igual a outra e as matérias irão diferir entre os concursos.
No entanto, podemos selecionar as matérias que mais caem, analisando o conjunto dos últimos editais.
A seguir, listamos essas matérias, que chamamos de preparação de base.
Se você deseja ingressar em uma carreira pública mas ainda não entende como funciona concurso público, continue lendo!
Vamos falar nesse artigo sobre a parte mais importante dele:
O edital: o que é? O que fazer com ele? Quando sai? Onde encontro?
Como funciona concurso: o edital
O edital é o informativo oficial elaborado pela banca organizadora do concurso, um documento que contém as principais regras que irão reger o certame.
Nele constam informações como a data e local de prova, vagas ofertadas, etapas do concurso e documentações necessárias, remuneração, disciplinas cobradas, dentre outras.
Então se você deseja entender como funciona concursos públicos, saiba que o documento que irá te guiar nessa jornada desde os primeiros passos até a aprovação é justamente o edital.
Portanto, é fundamental ler todo o edital antes de se inscrever no concurso.
Mas o que é essa banca organizadora?
A banca organizadora do concurso é o instituto responsável pela organização do concurso público, divulgação e elaboração das provas.
Assim, a banca é contratada pelo órgão a que se destinam as provas e ela, por sua vez, contrata professores para elaboração e correção das questões.
Exemplos de algumas bancas bem conhecidas no mundo dos concursos:
Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade da Brasília (CESPE)
Fundação Carlos Chagas (FCC)
Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Onde encontro o edital do concurso?
Você pode encontrar editais novos e antigos nos sites das bancas organizadoras dos concursos.
Geralmente o edital é publicado primeiro no Diário Oficial do Estado (DOE) ou da União (DOU).
Por isso sempre há pessoas comentando o edital antes mesmo de ele ter sido publicado no site da banca – o que normalmente acontece no mesmo dia, mas mais tarde.
Se o concurso do seu interesse não estiver aberto, você pode pesquisar editais de provas passadas no Google.
Aqui não tem fórmula certa, coloque o cargo, ano e/ou Estado nas palavras-chave e vá buscando nos resultados.
E não é difícil encontrar qual foi a banca e ano do concurso anterior, pois muitos sites especializados em concursos divulgam essas informações.
Seguem abaixo algumas sugestões de sites onde os editais podem ser encontrados:
Quando vai sair o edital do concurso que eu quero?
Não há como ter certeza de quando o edital será publicado.
Assim, é preciso acompanhar publicações oficiais dos governos, autorizando os concursos, ou contratando bancas – sendo o último um sinal mais confiável de edital iminente.
Nesses mesmos sites especializados em concursos geralmente há a listagem de concursos autorizados, com inscrição aberta, etc.
Cuidado com sites de cursinhos, que frequentemente anunciam “edital X em breve“, na tentativa de vender cursos para tal concurso.
Sendo que, na verdade, ainda há um concurso vigente e um novo concurso está fora de vista.
Também tenham cuidado com anúncios de políticos tentando se promover, prometendo a realização de concursos.
Portanto é muito importante pesquisar quando foi o último concurso, frequência de abertura de concursos para o seu cargo, se há concurso vigente (dentro da data de validade), para analisar as probabilidades de se abrir um novo edital em breve.
Abriu edital, e agora? Como funciona?
Assim que tiver o edital em mãos, estude-o.
Analise pontos como:
Qual tipo de prova será feita,
se haverá questões objetivas, múltipla escolha ou certo/errado,
se haverá questões discursivas,
Muitas provas também têm pesos diferenciados para algumas matérias.
Então é muito importante analisar esses pesos na hora de elaborar sua estratégia de estudo.
Atente-se a detalhes como número mínimo de acertos em cada parte, número de candidatos que serão convocados para as próximas fases (se houver), data limite para inscrição e para pagamento da inscrição.
Você também deve ficar atento às retificações que podem acontecer.
Lembre-se que o edital será seu melhor amigo durante o concurso, então dê a ele a devida atenção!
Como funciona concurso: o que vem depois do edital
Após finalizadas todas as fases do concurso, vem a homologação.
Homologação
A homologação do concurso é a publicação em meio de comunicação oficial (Diário Oficial municipal, estadual ou federal) da relação dos candidatos que se classificaram em um determinado concurso público.
Então só após a homologação é que os aprovados podem começar a ser nomeados para as vagas disponíveis.
Nomeação
Depois temos a nomeação, que é quando o governo efetivamente diz: venha assumir o cargo que lhe pertence!
A nomeação pode ocorrer na semana ou nos anos seguintes da homologação, dentro da validade do concurso.
Se você não estiver dentro das vagas, tem que torcer para que ocorra ampliação de vagas nesse período.
Saiba que a nomeação depende de ato político e pode ser uma das etapas mais demoradas do concurso.
A instituição pode, inclusive, chamar mais de uma turma de aprovados no prazo de validade do concurso.
Deve-se estar atento ao Diário Oficial do ente – onde a nomeação será publicada, pois algumas vezes ninguém te liga ou manda e-mail sobre a nomeação.
Já houve casos de candidatos que perderam o prazo para assumir o cargo pois não viram que haviam sido nomeados.
Tome nota: a divulgação é feita no Diário Oficial da União (DOU), se o cargo for federal, ou no Diário Oficial do Estado (DOE), se o cargo pertencer à esfera estadual.
Etapas adicionais
Entre a nomeação e a posse no cargo podem ocorrer etapas adicionais, como a entrega de documentos para posse, entrega de exames de saúde, Perícia do Estado, etc.
E o prazo entre uma etapa e outra é definido na legislação estadual e pode ou não ser prorrogado.
Posse
A posse é quando, estando apto na Perícia Médica, apresentando todos os documentos necessários e cumprindo os requisitos estabelecidos no edital, o candidato assume o cargo.
Nos casos de concursos para nível superior, é nesta etapa em que é exigido o diploma de graduação.
E é na etapa da posse que o candidato se torna, finalmente, um servidor público.
Após a posse, novamente há um prazo para que o candidato entre em exercício.
Esse então foi um resumo para que você entenda como funciona concurso público.
Se você quer prestar o concurso de Perito Criminal mas ainda não conhece as etapas desse processo, esse post é para você!
Como funciona o concurso de Perito Criminal
Você já deve saber que o ingresso na carreira de Perito Criminal Oficial, ou seja, aquele que trabalha nos órgãos de segurança pública do Estado, acontece exclusivamente por meio de concurso público.
Se ainda não sabe a parte básica (se você pode ser Perito, quais cursos são aceitos, etc.) recomendamos que acesse esse artigo que em que explicamos o funcionamento geral do concurso de Perito Criminal.
Hoje iremos conversar detalhadamente sobre todas as possíveis fases do concurso – vou te explicar o que não está escrito no edital e o que poucas pessoas falam!
Vamos lá?
Quais são as etapas do concurso
Como parte das carreiras da segurança pública, o concurso de Perito Criminal costuma envolver diversas e longas fases.
Ou seja, o candidato precisa passar por várias etapas seletivas antes de poder exercer, finalmente, o cargo dos sonhos.
De forma geral, podemos ter as seguintes fases:
Prova objetiva
Prova discursiva
Prova de títulos
Teste de aptidão física (o “TAF)
Avaliação psicológica (o “psicotécnico”)
Avaliação de saúde
Investigação social e de vida pregressa
Curso de formação
Tipos de fases do concurso de Perito Criminal
Essas etapas podem ser classificatórias ou eliminatórias, a depender do concurso.
Mas o que isso significa?
Quando a etapa é classificatória, significa que ela terá alguma pontuação atribuída que irá interferir na classificação do candidato no concurso.
Ou seja, dependendo da sua nota nessa etapa, sua classificação na lista de candidatos pode melhorar ou piorar.
Já quando a etapa é eliminatória, ela pode ou não ter uma pontuação atribuída, e o candidato precisa atingir apenas os critérios mínimos para ser considerado aprovado nela.
Ou seja, basta atingir uma pontuação X ou condição Y, que ele será considerado aprovado nessa etapa.
Se ela é só eliminatória, não irá interferir na classificação do candidato – ele será apenas aprovado ou reprovado.
Por fim, ainda podemos ter etapas classificatórias E eliminatórias.
Aqui, o candidato precisa atingir um critério mínimo para não ser reprovado mas o desempenho nesse critério também vai interferir na classificação do concurso.
Veremos também a seguir em qual desses tipos cada uma das etapas costuma se enquadrar.
A prova objetiva é sempre a primeira etapa do concurso de Perito Criminal.
Provavelmente é a mais conhecida dos candidatos, já que se assemelha muito a uma prova de vestibular – ou seja, essa prova irá testar seus conhecimentos sobre determinados temas.
E quais temas serão esses?
Serão os assuntos e matérias contidos no edital de publicação do concurso, que vão desde matérias básicas como Português, Informática, Matemática, como matérias jurídicas (Direitos) até as específicas de cada área de conhecimento (Biologia Molecular, Engenharia, etc.).
Aqui temos uma prova fechada, de múltipla-escolha ou para avaliar assertivas como certa ou errada, abordando os conteúdos definidos no edital do concurso.
Dica de preparação: a prova objetiva é a parte mais difícil do concurso.
O ideal é começar a se preparar o mais cedo possível para essa etapa, já que normalmente os candidatos levam anos até adquirirem conhecimento suficiente para uma boa colocação na prova objetiva.
E como fazer isso?
Nos acompanhando nas redes sociais (Instagram, YouTube) e aqui no blog, locais em que ensinamos diariamente estratégias de estudo otimizado para a prova objetiva!
Prova discursiva
Tipo: classificatória e eliminatória
Como funciona:
Enquanto na prova objetiva tínhamos uma prova fechada (você precisa apenas marcar a alternativa correta no gabarito), aqui temos uma prova aberta, que exige que o candidato escreva sobre determinado tema.
O tema pode ser desde algo específico da sua graduação, aplicado à Perícia Criminal, até temas jurídicos ou de atualidades.
Essa modalidade de prova tem sido cada vez mais frequente nos concursos de Perito Criminal, acontecendo no mesmo dia da prova objetiva.
Assim, o ideal é que seja tratada como “uma matéria a mais” no seu cronograma de estudos.
A prova de títulos avalia o nível de especialização do candidato para concorrer àquele cargo.
Ou seja, quanto melhor for a sua formação na área, melhor tende a ser sua nota nessa etapa.
Os títulos a serem pontuados, bem como o peso dessa fase, variam dependendo do concurso.
No entanto, títulos que comumente aparecem no concurso de Perito Criminal são: mestrado, doutorado e experiência em cargo policial.
Dica de preparação: não existe muita preparação para essa etapa, já que o candidato ou tem ou não tem os títulos do edital.
Alertamos aqui para a possibilidade de fazer uma pós-graduação com o objetivo de pontuar nessa etapa – cabe a você avaliar se vale a pena ou não o tempo que será investido nessa formação adicional, em relação ao benefício obtido.
Será que, no seu caso, é viável conciliar a preparação para a prova objetiva com a busca pelo título?
Pois como já falamos, a primeira e mais difícil etapa do concurso é a prova objetiva.
Então se você não tiver pontos suficientes nessa primeira fase, não chegará na prova de títulos!
Teste de aptidão física
Tipo: eliminatória, e pode ser classificatória em alguns concursos
Como funciona:
Essa etapa avalia o condicionamento físico do candidato para exercer o cargo de Perito Criminal.
Ou seja, aqui você vai se deparar com uma série de testes como corrida, natação, corda, abdominais, flexão, etc. para avaliar se você preenche esses critérios.
Novamente, os testes são definidos em edital e variam entre os concursos.
Dica de preparação: por ser também uma etapa comum em concursos policiais, recomendamos que você mantenha a preparação para o TAF concomitantemente com a prova objetiva.
Além de te ajudar nessa etapa, vai te ajudar a estudar melhor também!
Avaliação psicológica
Tipo: eliminatória
Como funciona:
Enquanto o TAF avalia o condicionamento físico, essa etapa avalia as condições psicológicas e mentais do candidato, bem como seu perfil de personalidade, para exercer o cargo.
Em todas as carreiras espera-se um determinado perfil de candidato (exemplos: inteligência alta, raciocínio elevado, agressividade média), e é justamente esse perfil que será avaliado nesta etapa.
Você pode esperar aqui algo muito parecido com os testes para tirar CNH, bem como entrevistas com psicólogos e atividades em grupo.
Dica de preparação: o mais importante para essa etapa é manter a calma durante a realização dos testes.
Afinal, não podemos manipular nossa personalidade para os testes, então se você se encaixa nos critérios que o órgão busca, não tem com o que se preocupar.
De maneira semelhante às duas etapas anteriores, aqui é serão as condições de saúde do candidato que serão avaliadas.
Você precisará entregar exames de saúde e laboratoriais variados e, possivelmente, fazer uma avaliação presencial com a junta médica.
Dica de preparação:
Todo edital inclui uma série de condições incapacitantes que devem ser avaliadas cuidadosamente pelos candidatos antes da inscrição no concurso.
Analise se você não se enquadra em alguma delas e, se for o caso, entre em contato com o seu médico e/ou com a banca organizadora para entender melhor sua situação.
Investigação social e de vida pregressa
Tipo: eliminatória
Como funciona:
Normalmente essa etapa se inicia desde a inscrição do candidato no concurso, e vai até a posse.
Ou seja, a qualquer momento o responsável pela etapa pode avaliar sua vida pregressa (histórico), conduta social (inclusive em redes sociais), dentre outros aspectos da investigação.
Também é comum que nessa etapa você seja solicitado a entregar diversas certidões e formulários preenchidos, como a certidão criminal negativa.
Dica de preparação: também não temos muito o que fazer de preparação para essa etapa (em relação à vida pregressa), mas você pode tomar cuidado com o que expõe em redes sociais, avaliando se sua conduta está de acordo com o que se espera de um funcionário da segurança pública.
Curso de formação
Tipo: classificatória e eliminatória
Como funciona:
O curso de formação pode ser tanto uma etapa do concurso (ou seja, você um candidato ainda), quando um requisito após o ingresso na carreira (quando você já tomou posse e é um Perito Criminal).
Falaremos aqui do primeiro caso!
E como o próprio nome já diz, trata-se de uma etapa que forma o candidato para exercício na carreira – com disciplinas e etapas próprias, relativas ao cargo de Perito Criminal.
Normalmente é uma etapa realizada nas capitais dos estados, que exige dedicação exclusiva e tem duração de alguns meses.
Após a realização do curso, pode-se ter uma nova lista de classificação dos candidatos com base na nota obtida nele.
Dica de preparação: essa etapa não exige preparação prévia.
Apenas no caso de você passar por todas as fases e ter a possibilidade de ser convocado para o curso é que precisará pensar em se mudar, pedir afastamento de outro emprego, dentre outros preparativos para o CF.
Pronto para o concurso de Perito Criminal?
Agora que passamos por todas as etapas, já está pronto para encarar o concurso?
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