Quem acompanha nossos conteúdos sabe que indicamos a fonte única como método principal de estudos.
Ao passo que não recomendamos a produção de resumos.
E principalmente por não conhecerem o objetivo e o conceito da fonte única, muitos concurseiros se confundem e acham que o resumo seria um tipo de fonte única.
Neste artigo, vamos esclarecer o que é a fonte única, para que serve e, principalmente, as suas diferenças para um resumo.
Mas já te adiantamos uma coisa:
Fonte única não é a mesma coisa que resumo!
O que é a fonte única?
Fonte única é o material construído ou lapidado no momento do estudo primário.
Para ser considerada uma fonte única, o material deve preencher os requisitos CDE.
- Completa
- Didática
- Escrita
Ela deve ser completa, ou seja, deve conter todas as informações que você precisa sobre o assunto, e não apenas fragmentos da matéria.
A fonte única também deve ser didática, ou seja, deve facilitar a sua aprendizagem.
E isso inclui conter explicações, recursos adicionais de aprendizagem (ex.: mnemônicos) e ser organizada (visualmente limpa, bem ordenada).
Além disso, a fonte única deve ser escrita.
Então não podemos considerar que uma videoaula, por exemplo, é uma fonte única.
Leia também: como escolher um curso preparatório para Perito Criminal
Agora que esclarecemos o que é a fonte única, vamos destrinchar as diferenças entre ela e os resumos.
Conteúdo do material
Resumos não preenchem o primeiro requisito da fonte única: ser completa.
Enquanto a fonte única é a matéria inteira, o objetivo de um bom resumo é ser um material enxuto.
Assim, enquanto os resumos contêm apenas fragmentos da matéria (ex.: apenas palavras-chave), a fonte única contém a integralidade da matéria.
Isso faz com que a fonte única seja uma fonte de consulta perene. Já que você pode recorrer a ela novamente sempre que tiver dúvidas sobre o assunto.
Já o resumo nunca terá todas as informações necessárias para o entendimento da matéria.
Se você fez um resumo completo, então você não resumiu nada.
E seu material provavelmente está mais próximo do conceito da fonte única do que de um resumo.
Didática do material
Outro requisito que os resumos normalmente não preenchem é o da didática.
Pegue um PDF de cursinho ou um livro, por exemplo.
Normalmente estão organizados em capítulos, seções e subseções.
Contém explicações, esquemas, imagens.
E as informações estão dispostas de forma ordenada e fácil de encontrar.
Ou seja, podemos considerar esses materiais como tipos de fonte única, por esse requisito.
Um resumo, por outro lado, não terá esse nível de ordem.
Pois normalmente o concurseiro apenas anota alguma palavra-chave que remeta a partes da matéria, mas sem nenhum tipo de hierarquia (índice, seções, etc.).
Outro ponto em que os resumos perdem didática é a (des)organização que eles agregam com o tempo.
Pois conforme o concurseiro avança nos estudos e resolve questões de concurso, ele vai incluindo cada vez mais informações no resumo
Que, por sua vez, vai ficando visualmente desordenado e dificultando a apreensão do seu conteúdo.
E, assim, o resumo perde seu próposito original: que era de ser enxuto e objetivo.
E vai ficando cada vez maior, mas ainda incompleto – e bagunçado!
Objetivos diferentes
Como já adiantamos acima, os dois materiais também possuem propósitos diferentes.
O propósito da fonte única é ser um material o mais completo possível. De forma que você consiga acesso fácil a explicações sempre que precisar.
Já o propósito do resumo é que ele seja um material o mais enxuto possível. De forma que você consiga acesso rápido a pontos muito específicos da matéria.
Assim, enquanto a fonte única é elaborada no estudo primário e será utilizada ao longo das revisões seguintes, o resumo se torna, basicamente, apenas um material de revisão pontual.
Momento da construção
Mais uma diferença está no momento da construção desses dois materiais, e aqui está um ponto em que muitos concurseiros erram de forma grave.
O mais comum que vemos é a prática de elaborar resumos no momento do estudo primário, enquanto você tem o primário contato com a matéria.
Neste artigo sobre estudo sem resumos explicamos detalhadamente por que você não deve fazer isso.
Na realidade, o ideal seria que você usasse o estudo primário como momento para elaborar sua fonte única, objetivando um material mais completo, e não mais incompleto, como é o caso dos resumos.
Então 95% do conteúdo da fonte única é organizado por você no momento do estudo primário.
Os 5% restantes são provenientes das informações complementares apreendidas ao longo das revisões com novas fontes e resolução de questões.
Já o resumo, se feito corretamente, será elaborado não no estudo primário, e sim após várias baterias de questões e revisões.
Se o objetivo deste material é ser um recurso pontual e enxuto de revisões, então você só terá condições de elaborá-lo após realmente entender o que é mais importante do assunto e adquirir a habilidade de consolidar essas informações em poucas palavras.
Assim, se executadas da maneira correta, entendemos que fonte única e resumos têm momentos opostos de elaboração.
Qual utilizar: fonte única ou resumo?
Tendo esclarecido qual a diferença entre os dois, provavelmente resta a dúvida: qual utilizar?
E a verdade é que você não precisa escolher um ou outro.
Conforme explicamos, são recursos com objetivos diferentes, e momentos diferentes de construção.
Assim, podem ser usados em associação, porém em etapas distintas do estudo.
Mas ao passo que a fonte única é obrigatória para todas as matérias (será seu material base), o resumo é um recurso pontual que pode ou não ser utilizado, dependendo da sua necessidade.
Na nossa metodologia, o resumo é raramente recomendado.
Na mentoria os alunos aprendem outras técnicas de memorização ativa, cuja eficácia é muito maior que a dos resumos.
Para ampliar seu conhecimento nessas temas e melhorar seu desempenho nos estudos com fonte única, recomendo a leitura dos dois artigos a seguir:
Esperamos ter auxiliado.
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